31 de janeiro de 2008

Nunca há música e faz sempre frio quando nos despedimos de alguém... "Sê feliz...", com toda a simplicidade, sinceridade e cumplicidade... e, sim... é uma despedida...

diz o Paulo de Carvalho:
"E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi."

a partir de hoje fechamos as portas, as janelas e pusemos ainda um telhado novo... a nova vida que hoje começa vai ter uma nova força... a força que vem, agora, do "R" de "revolta", mas que depois virá do "R" de "Rita"...


(hoje comprei uma bilhete para "lado-nenhum"... por isso, se perguntarem por mim, digam que não estou...)

30 de janeiro de 2008

A luz da minha janela...

"Só Tu me dás motivos para manter acesa
A luz que brilha junto da minha janela..."
(a música é do Luís Represas... eu "só" substituí um "tu" por um "Tu")

(fui ver o nevoeiro, ontem à noite... vi, ainda, algumas estrelas e a luz que continua a brilhar... apesar da noite, do frio e do nevoeiro...)
*

29 de janeiro de 2008

Os meus companheiros...

o meu gabinete no IEETA está cada vez mais bonito! quando aqui cheguei havia a senhora-planta-do-vaso-cor-de-rosa... um bocadinho "raquitica", coitadinha, enfiada numa prateleira onde nem chegava a "ver" a luz do sol, quando mais aproveitá-lo para crescer...




hoje, ganhou um novo lugar em cima da "máquina de café" cá do sítio (não é bem uma máquina de café, é um computador lentinho que está ali encontado a um canto... antes de estar arranjado, só servia mesmo para tirar cafés!!). Está muito mais bonita (apesar de ter um vaso cor-de-rosa... enfim! :P)




Pouco tempo depois de cá estar, pediram-me para comprar outra plantinha... e lá fui eu, qual moça dos recados (aqui sou pau pa toda a colher!)... e, eis que arranjei mais uma companhia!

era muito pequenina e tem sido muito bonito assistir ao crescimento dela! tem umas folhinhas novas agora! esta encontrou lugar ao pé da impressora, onde também apanha sol e está mais perto do lugar onde normalmente me sento...

mas... faltava-me qualquer coisa... gosto muito das minhas amigas plantas, mas elas são um bocadinho paradas!! estão ali, chega-lhes a água e o sol e dois ou três dedos de conversa que troco com elas... mas, mais do que isso, já não é com elas!

Eis que, naquela hora magnifica da meia-noite às três da manhã, quando ando mesmo com-a-cabeça-na-lua, vislumbrei a "solução" de todos os meus problemas! e se eu comprasse um peixe?! :)

Ei-lo!! E ficou logo decidido o nome do bicho: à semelhança do nome do Projecto onde trabalho (ALPE), também o peixito se chama assim... ALPE... Alegre e Leve Peixe Encarnado (já sei que o peixe é cor-de-laranja, mas cor-de-laranja não começa por "E"... e eu queria mesmo este nome, pode ser, pode??)


São os meus amigos de todas as manhãs... "acordam" cedo como eu e estão à minha espera, em cada novo dia!

*




27 de janeiro de 2008


"concrete jungle where the linving is hard...", dizes...
mais um reviver, mais uma noite, mais um bocadinho de tudo... fotografias, música, pessoas... lágrimas, abraços, sorrisos e até gargalhadas... tudo coube naquela sala... tudo se viu no rosto das pessoas que ali se encontraram, que ali estiveram para partilhar mais um bocadinho do que é o Gonçalo em cada um de nós...
como já havia feito tantas e tantas vezes, recordei com um carinho enorme o sorriso de uma pessoa que já não me era assim tanto... a vida é feita de encontros e desencontros... tivemos o nosso encontro há uns 7 anos atrás (o tempo passa!) quando partilhamos as mesmas paredes, as mesmas salas, os mesmos professores e a mesma turma... para além disso, partilhavamos, viemos a descobrir, um pequeno-grande gosto pela música... mostraste-me e deste-me a conhecer algumas "coisas" bem interessantes, entre elas uma das músicas que acompanha a minha vida desde esses tempos: "your day will come", Costeau... fez-me tanto sentido, naquela altura, aquela música! e tenho das mais bonitas recordações contigo e com essa música: uma vez que me telefonaste porque a estavas a tocar no piano e lembraste-te de me perguntar se eu gostava! pedi-te para cantares também e assim ficamos, eu a ouvir-te de um lado da linha, e tu a tocares e a cantares...
lembro-me, ainda, de receber um telefonema da tua mãe a dizer que tu estavas no hospital porque tinhas sido operado à apêndice e que tinhas pedido que fosse eu a avisar os professores!! mas o tempo, esse "maldito", passa sempre... e passa muito depressa! e o ano acabou e tu acabaste por ficar retido... e, a partir daí, e como é inevitável, as nossas vidas tomaram rumo diferentes...
nestes últimos tempos soube de ti muitas coisas, falei de ti e ouvir falar de ti muitas vezes... entusiasmei-me com os projectos, com os sonhos... e assisti e vivi um "desmoronar", depois...
A noite de ontem foi sufocante, estranha... sem me sentir bem, senti-me acompanhada... sentindo-me agitada, também me senti calma... chorei por fora, ri por dentro, tudo junto e ao mesmo tempo... e cantei, baixinho e só com o coração, o "nosso" your day will come... porque agora já não precisamos de telefone, apenas da música do coração...
*


24 de janeiro de 2008


Vale a pena ver
castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
para dentro do barco
rumo à maravilha
e pé ante pé
desembarcar na ilha
Pássaros com cores que nunca vi
que o arco-íris queria para si
eu vi o que quis ver afinal


É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contar
Eu quero ir ver quem me quer assim
É bom para mim e é bom pra quem tão bem me quer


Vale a pena ver
o mundo aqui do alto
vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo
às mil maravilhas
na terra as montanhas e no mar as ilhas
Queremos ir à lua mas voltar
convém dar a curva
sem se derrapar
na avenida do luar

(Sérgio Godinho em "Os amigos do Gaspar")

vamos descobrir o pote de ouro no fim do arco-irís? *

23 de janeiro de 2008

A raíz da pele

Guardo na raíz da pele
os gritos, as emoções,
os desesperos, os medos,
a raiva, o ódio, a perfídia,
os sonhos, as frustrações,
as cicatrizes das feridas
que a vida em mim foi abrindo,
os mistérios, os segredos.

Guardo na raíz da pele
a verdade do que sou.
Deixo que à flor da pele
emerja a máscara, o sorriso,
o jogo do gato-e-rato
onde, estando, nunca estou.

(Guilherme de Melo in Tantas mãos, a mesma primavera...)

...a alegria é absorvida para dentro do coração triste de palhaço feliz por fora...*



22 de janeiro de 2008


Por mais "estranho" que tudo isto pode parecer... por mais que nos tenham magoado e feito chorar... por mais que procuremos um motivo que teima em não aparecer... por mais que nos apeteça estar quietinhos no nosso canto e chorar até não haver mais nada que chorar... por mais que os exames corram mal, que os outros não nos compreendam e nos façam pequenas feridas no coração, que não nos deem o tempo que precisamos, que não sejam tolerantes... por mais que tudo nos pareça injusto... por mais que nos deem o mundo e nos tirem logo a seguir... por mais que tudo isto aconteça... eu sei que nós somos felizes... sinto-o e não me canso de o dizer... e que as nossas respostas vão surgir, talvez quando menos esperarmos... e se agora nos doi, amanhã já vai doer menos um bocadinho... e no dia seguinte, menos um bocadinho ainda... e quando dermos por nós, já fizemos um caminho de crescimento...

doi que seja assim... (às vezes penso que podia aprender de tantas outras maneiras....); mas como também não me canso de dizer, Deus não nos dá mais do que aquilo que nós conseguimos suportar...


Sejamos como os palhaços... mas só um bocadinho... só naquela parte em estarmos tristes por dentro e conseguirmos rir (nem que seja um bocadinho...) por fora... a felicidade vai-se alastrando para o nosso interior... por isso, coloquemos os nossos "narizes"... (:P)
Força para todas...

Acordei com música na cabeça...


"Já que a solidão te pode atordoar

e a manhã não vai ficar eternamente à tua espera

improvisa um despertar..."

(Giselle - Jorge Palma)


Giselle tentava deformar o chão que nunca havia pisado... tinha um medo de terrível de perder, de falhar... (esta é Giselle, mas podia perfeitamente ser Rita...); mas alguém disse a Giselle que a escuridão dura enquanto tiver de durar... enquanto insistir em "ser escuro"... e Giselle (que bem podia ser Rita...) pensou um bocadinho-grande e improvisou o seu despertar... como todos os "despertares" de Giselle (que bem podia ser Rita...) este não foi mais fácil... não teve menos frio, continuou a dar voltas para se sentir aconchegada... como todos os despertares sozinhos de Giselle, este veio mostrar (mais uma vez...) que é importante deixar tocar o despertador-do-coração...
e lá foi Giselle (que bem podia ser Rita...)

20 de janeiro de 2008

Naqueles dias em que temos saudades...

18 de janeiro de 2008

Porque as minhas manhãs sabem a sorrisos! :)


e a pão-da-avó torradinho com manteiga!


Todos os dias, logo pela manhã, faço questão de ir tomar um cafézinho ao bar do Departamento de Biologia... começou por acontecer desta forma porque é o bar que fica mais perto do IEETA ("meu" querido departamento! :P)... agora, não é só por uma questão de "proximidade"... é "só" por me sentir acarinhada e bem recebida... por ter todos os dias um sorriso logo pela manhã... pelas pequenas conversas sobre o tempo (hoje está nevoeiro e doem-nos os ossos!), sobre as notícias do jornal... sobre tudo e sobre nada!


Comecei a gostar tanto que, ao meio da manhã, volto a repetir o caminho... desta vez para o pão-da-avó torradinho com manteiga (hhmmm!) e um chá-de-qualquer-coisa (no que toca a chás, são poucos os que não aprecio!). E mais dois dedos de conversa... e a pergunta "Então menina, como está o seu pé?"... E no final: "Um bom dia para si!"... (hoje soou a "Que lhe corra tudo bem!").


Não deixa de ser engraçado uma coisa: não sei bem os nomes daquela senhoras que fazem parte das minhas manhãs e as alegram... nem tão-pouco elas sabem o meu... :P

Por isso, as minhas manhãs são manhãs-de-sorrisos :)

17 de janeiro de 2008




Abraço-te e digo-te baixinho: pequenina, estou aqui...
(um dia encontraremos as nossas respostas... e veremos que crescemos e que somos mais fortes ainda... e que, talvez, tenha sido melhor assim...)
(eu não tenho riscas... mas tu estás bem retratada no Calvin!)


15 de janeiro de 2008

"Pedras no caminho? Guardo todas... um dia vou construir um castelo" (Fernando Pessoa)

"um dia" parece longe... desculpa Sr. Pessoa, mas vou começar já hoje...


(a minha avó trazia sempre no bolso do avental umas pedrinhas que encontrava enquanto cavava terra no quintal... e vinha com elas na mão, como se de um tesouro se tratasse - e era um grande tesouro! - essas pedras guardo-as todas todas! há as lisas, as mais redondas, as irregulares... de todas as formas e feitios... a neta ficou a adorar as pedras-da-terra que a avó, feliz, encontrava... e essas ajudaram a construir o seu castelo do coração...)

14 de janeiro de 2008



Agora vejo-te assim, menino-gaivota... olhando os céus que antes cruzavas insistentemente... aqueles céus que sempre ansiaste (e que, aqui para nós, nunca coonseguiste alcançar... não daquela forma, não com aqueles voos...)

Não tinha saudades tuas... não! queria apenas ver de perto a forma como repousaste o teu caminho... finalmente o chão! finalmente as asas arrumadas em voos mais perfeitos e originais (é estranho dito assim, mas foi isto que senti quando te vi pousado a mirar o céu....)

Muita coisa mudou desde os tempos dos voos sem fim (da tua parte...). Mas não temos saudades. Mudou e ainda bem! E o orgulho que sinto nos teus voos são, agora, diferentes... é um orgulho racional e feliz... um orgulho carinhoso... :) muito melhor do que as "palmadinhas nas costas" que encobriam os voos "menos claros"...

Agora, também eu voo e canto.... canto e voo... (e essas mudanças também são das boas!)

O que não mudou? os sitios para onde nos encaminhamos, a tua dislexia e a minha dispraxia, a nossa forma escura de vestir, os sonhos estranhos que temos... e a amizade forte que nos une... agora clara, transparente, mais bonita e saudável... porque ser feliz parte das nossas asas e dos nossos voos... ninguém pode ser feliz por ti, ninguém pode ser feliz por mim (e as tentativas de ser assim dão sempre para o torto!).

Agora, voa, "meu" menino-gaivota... (eu voo também.... não contigo, mas perto de ti....)

13 de janeiro de 2008



és selvagem e instintivamente animal... ages por intuição, como se o instinto te dissesse aquilo que deves fazer e por onde deves seguir...
és uma mãe-animal... os teus filhos são só teus, dependem de ti e não gostas que ninguém fareje o teu espaço...
atacas com as tuas garras em direcção ao inimigo e tentas vencê-lo com a tua força...
e no fim, rasgas os céus de asas abertas, contemplando o mundo do alto... como se o mundo fosse tua posse e teu domínio...

és selvagem... agora, não te deixes domar... (o naturalmente selvagem está, ainda que pouco, coberto pela razão...
ainda que o instinto e a razão não constituam yin e yang, ela vai surgindo...)

12 de janeiro de 2008

Hojo eu digo (e eu tenho o coração ligado à boca!)



"Vai tartaruga, vai à tua vida..." (porque às vezes nos lançam ao mar mesmo desta forma... e não há remédio senão IR...)

Tartatugas, tartarugos, tartaruguinhas e tartarugonas: resta-nos "ir à nossa vida..." com "lipstick and trust" (como dizem os Costeau...) é "só" ir em frente... (um pé à frente do outro... quando dermos por nós estamos a andar!)

11 de janeiro de 2008

vazio, vazio, vazio, vazio....

10 de janeiro de 2008

Para que fique claro...

... que tudo o que aconteceu, acontece ou acontecerá não possui um nome. não tem cara, nem retrato, nem sequer BI com um dedo marcado... não tem nada nem ninguém... é sozinho e acontece porque "alguém" diz que tem de ser assim. não tem uma razão e, tantas outras vezes, nem precisa de atenção. não merece crítica, não merece sorriso. merece estar porque sim.

não tem um nome.

9 de janeiro de 2008

Esqueçamos...


as "histórias de encantar"...

...as histórias não deverão começar com "Era uma vez..."
...digamos "adeus" às fadas, princesas e duendes... esqueçamos! abaixo!
...uma vez rasgada a margem dos dois mundos, acabou!


as princesas voltaram à realidade... (e agora, como se faz para voltar? pensa princesa...)

7 de janeiro de 2008

Tenho medo...

"Tenho medo.
Sim, medo,
m-e-d-o, com todas as letras,
ME-DO (com todas as sílabas...)
de te perder, (nas esquinas da vida...)
de te cansares, de mim, (dos ombros, dos abraços...)
de partires, (para um qualquer lugar longe do coração...)
de me deixares (...)
de te desapaixonares (e de te apaixonares... por uns olhos menos "Inverno" que os meus... de te aqueceres com o calor e as flores de outros olhos...)
desiludires (com tudo... com nada... com o que devia importar... com o que se sentiu e não se disse... com a "incapacidade" de ver...)
De renunciares (que medo real!)
De não te ter, para sempre.
Medo, medo, medo."

Tenho medo das máscaras-sem-fim e tenho medo-por-mim (o amor é egoísta...)...
E tenho medo do escuro...

[poema de José Leonardo, adaptado "entre-parêntesis" por menina da lua]

3 de janeiro de 2008

Eu tenho...

borboletas no estômago... (e tenho pena de as minhas não serem das boas... mas não se pode ter tudo...)

Um dia elas vão cansar-se de bater as asas...

1 de janeiro de 2008

Aqui...

"Aqui onde tudo o que nos envolve é dce, aqui no alto onde se respira, onde se acredita na possibilidade de tudo acontecer. Aqui onde tudo é mimo, onde tudo é simples e verdadeiro. Aqui onde germina amor. Aqui dentro de nós."

(Sara Tavares - planeta sukri)