29 de abril de 2008

Porto seguro... Barco inseguro...


'o barco para ser barco (um barco-pessoa a sério) precisa de navegar... andar para aqui e para ali, lançar as redes ao mar, subir e descer numa qualquer onda, marear por aí, e às vezes (também é importante...) andar à deriva... este barco de que hoje falo fez tudo isso vezes sem conta... acima de tudo sentiu-se à deriva... como o tempo é relativo para ese barco, não sabe ao certo quanto tempo navegou assim... fazia-lhe sentido... não lançar âncora, nem cordas, nem amarras... navegar, apenas e só, mar adentro...
era, no entanto, um barco que Acreditava... em quê, não sabia bem... Acreditava... e talvez tenha sido essa réstia do Acreditar que o conduziu a um porto-só... a um porto-só, mas ainda assim seguro... porque para um barco (mesmo um barco-pessoa como este...) um porto é sempre um porto seguro...
nem sequer hesitou... estranhamente (ou não...) ouviu, lá no centro da sua alma de barco, um apelo em forma de "Vem", dito baixinho por um porto timido... (mas sempre seguro...)
o barco depressa se desfez de um casco velho e estragado, impelido pelos cuidados de um porto seguro onde encontrou lugar para Estar... era um porto seguro com apenas um sítio... e era o dele... o seu casco estragado, as suas cordas queimadas pelo sol, a sua âncora enferrujada encaixaram na perfeição nesse sítio (que era o seu Lugar)...
descobriu que ancorar não o magoa e que amarrar não significa acorrentar... sentiu o cuidado de um porto sempre seguro e gostou... talvez por isso se deixou ficar... o que era, inicialmente, um momento momentâneo de paragem tornou-se uma Vida...
e o porto? bem, o porto seguro abraçou com tanta força o barco que o deixou partir sempre que o barco precisava de experimentar novamente a força das ondas... bebia das historias que o barco trazia de velhas paragens... historias alimentadas a sorrisos e a abraços apertados...

porque o porto seguro só tem sentido se houver um barco que o procure... e o barco não existe sem um porto seguro a quem lançar amarras...

acho que este barco vai descobrir, mais cedo ou mais tarde, que, mesmo sem levantar a âncora, vai navegar muito mais longe do que alguma vez tentou...
e o porto? o porto seguro vai continuar a ser um porto de abraços... com o Lugar preenchido pelo seu barco inseguro...'

28 de abril de 2008

"só por hoje"

Blackfield - Some Day

"When you were a boy
You had no place inside your parents' world.
You were falling like the leaves
from an old and dying tree
You went to school,
But the teachers made you feel a fool
While the children played with joy
You're the one who were avoid
Some day you will find a better place to stay
You'll never need to feel this way again
Show a smile,
They'd like to have you in the members club
They'll buy you drinks and tell you lies
They pure ambrella with some ice.
No one cares,
About that fucking pretty face you have,
It means nothing much this life
So find the highest cliff and dive.
Some day you will find a better place to stay
You'll never need to feel this way again"
'Some day'... que pode muito bem ser hoje, amanhã e SEMPRE... (porque o SEMPRE dura sempre o tempo que quisermos que dure...); sem promessas, mas com um acreditar maior do que nós... um acreditar-de-Amor e um acreditar-no-Amor... "o caminho faz-se caminhando", juntos numa mesma direcção (aquela em que caminhamos porque Acreditamos agora...)
Shiuuuuu.... fecha os olhos e Vem...

24 de abril de 2008

Algum dia...


"E damos voltas no chão
Até que a luz fica fria
De não em sim, de sim em não
Hás-de ser meu algum dia"
(Jorge Palma - Algum dia)
Hoje é o dia...

23 de abril de 2008

Vens?


Vou! e foi... foi porque precisava, foi porque sentia, foi porque queria... mas foi, acima de tudo... e deixou-se ficar, alheia ao mundo... com uma simplicidade quase perfeita, deixou-se ir... e viajou... através do toque imaginou e sentiu toques diferentes, mais concretos, mais humanos, mais carnais... deixou-se ir... e continuou a imaginar e a sentir, a sentir e a imaginar...


doces mãos, doce toque, doce tranquilidade...

histórias contadas no silêncio da noite:
(Mesmo? mesmo!)
(eu não sou teu... sou do mundo e sou da lua...)
(vieste porque precisavas de vir... vieste para que eu acreditasse... "em que? no amor. nós somos o amor." "é tarde? contigo não.")

21 de abril de 2008

Vem...

"Pertenço-te até ao fim do mar... Sou como tu, da mesma luz, do mesmo amar... Por isso vem porque te quero consolar... se não está bem, deixa-te andar a navegar..." (Vem-Madredeus)

como ontem se conversava, primeiro os caminhos fizeram-se sozinhos, fizeram-se individuais... e deixamos que os caminhos navegassem sem rumo aparente... (aparente, apenas...)
mas... "sou como tu, da mesma luz...", da mesma essência, do mesmo encaixe, da mesma "laranja"... dos mesmos olhos, dos mesmos sofrimentos... da mesma chuva e até do mesmo sol... e então... descobrimos uma pertença Maior... uma pertença "pertencida"... uma pertença de um esticar de mãos e de um entrelaçar de pescoço num cachecol apenas... uma pertença de poemas e de flores certas, uma pertença de pedras, uma pertença de Energia... pertenço-te...

18 de abril de 2008

...

desculpa, mas não sei ser Só... não quero estar só, não sei como fazer... tenho medo de mim, tenho medo por mim... e hoje apetece-me fugir para bem longe... pegava em ti e ia... não importava para onde... importa que estamos... (apesar da minha pequenez, apesar da minha incapacidade de tomar decisões, apesar de ser assim, um "ser estranho")
não me contento com pouco e colei a fasquia num ponto, por vezes, inacessivel até aos olhos... e sou como aquele homem que enpurrava a pedra para o topo da montanha... por mais que se esforçasse, ela acabava por cair sempre!
desiludo-me com o passar dos tempos e tenho medo de que isto permaneça "para sempre"...

sinto-me parada e não posso...

17 de abril de 2008

a minha flor...

"Dá-me o que tens de ti, tu que tens o poder de serenar e alimentar a minha alma. Dá-me o que tens de ti, tu que iluminas e matas a minha sede. Não quero estar só" (Sara Tavares - dam bô)



porque hoje chegou uma flor à minha caixa do correio...
(a flor certa...) :)

16 de abril de 2008

uma receita para ser feliz...

hoje no jornal Metro, Alejandro Jodorowsky indica 10 dicas para ser feliz... a última pareceu-me particularmente "interessante":

"Deixe de arranjar descrições para si. Ofereça-se todas aspossibilidades de existir, mude de caminhos tantas vezes quantas as que quiser e precisar"
Interessante...

15 de abril de 2008

porque eu sou a menina do cachecol... :)


Há dias (e noites... principalmente estas...) em que eu queria que o meu cachecol chegasse até a um lugar pertinho da água, onde há um pescoço que o aguarda...
*

10 de abril de 2008

Num sonho cúmplice...




"és meu?
sim, sou teu...
e tu, és minha?
sim, sou tua..."
com o que sonhas, pequenina? contigo!
(o dia sabe a beijos de chuva e a sorrisos rasgados...)

8 de abril de 2008

Mudança...


Chama-se mudança... e nem sempre se sabe bem como lidar c ela...*

2 de abril de 2008

É tarde? Contigo não...

(parece-se, um bocadinho, com o de ontem...)


"- há quanto tempo nos conhecemos?
- desde o princípio do mundo.
- só?
- sim.
- ainda me lembro onde te encontrei.
- na rua, a contar as lágrimas que guardava com a mão.
- eram tantas.
- um oceano.
- ainda choras?
- construíste-me uma barragem.
- juras?
- para quê?
- para eu acreditar.
-em quê?
- no amor.
- nós somos o amor.
- que horas são?
- onde?
- onde quiseres.
- é meia-noite em algum sítio do mundo.
- é tarde?
- contigo não."
*

1 de abril de 2008

Descobri...


ou fizeram-me descobrir que eu sou um elfo! um elfo... (e fiquei a pensar nisso... e, como gosto mesmo muito dessas pequenas criaturas, fui pesquisar...)

os elfos:

- membros de uma antiga cultura
- amantes da música, das danças e das artes
- são mágicos
- dominam os segredos da natureza e das ervas mágicas
- viajam sobre os raios de sol
- podem atravessar qualquer elemento
- asseguram a relação entre o homem, a natureza e o divino
- podem ser escuros ou claros; escuros se habitam em regiões longe do sol, sendo criaturas malignas; e claros, ou de luz, que vivem nos grandes bosques, tem olhos claros (verdes ou azuis) e as orelhas pontiagudas
- gostam de celebrar com grandes banquetes, sempre com bela música
- preferem passar breves momentos felizes do que longos períodos tristes
- vivem o agora, desfrutando o melhor possível de cada momento
- são de uma natureza intermediária entre o homem e o anjo, apresentam espírito inteligente e curioso, corpo fluídico e são mais visíveis no crepúsculo
- dos sensuais lábios dos elfos, desprendem-se doces canções, que encantam os ouvidos de qualquer mortal
- são excelentes guerreiros e caçadores
- os elfos também são chamados de "Daoine Sidhes", o povo das colinas (na Irlanda). "Sidhe" quer dizer "colina" em gaélico
Uma pequena pequisa "made in google" ("google it", como dizem agora os dicionários norte-americanos!)... acho que vai conferindo! :)*