14 de janeiro de 2008



Agora vejo-te assim, menino-gaivota... olhando os céus que antes cruzavas insistentemente... aqueles céus que sempre ansiaste (e que, aqui para nós, nunca coonseguiste alcançar... não daquela forma, não com aqueles voos...)

Não tinha saudades tuas... não! queria apenas ver de perto a forma como repousaste o teu caminho... finalmente o chão! finalmente as asas arrumadas em voos mais perfeitos e originais (é estranho dito assim, mas foi isto que senti quando te vi pousado a mirar o céu....)

Muita coisa mudou desde os tempos dos voos sem fim (da tua parte...). Mas não temos saudades. Mudou e ainda bem! E o orgulho que sinto nos teus voos são, agora, diferentes... é um orgulho racional e feliz... um orgulho carinhoso... :) muito melhor do que as "palmadinhas nas costas" que encobriam os voos "menos claros"...

Agora, também eu voo e canto.... canto e voo... (e essas mudanças também são das boas!)

O que não mudou? os sitios para onde nos encaminhamos, a tua dislexia e a minha dispraxia, a nossa forma escura de vestir, os sonhos estranhos que temos... e a amizade forte que nos une... agora clara, transparente, mais bonita e saudável... porque ser feliz parte das nossas asas e dos nossos voos... ninguém pode ser feliz por ti, ninguém pode ser feliz por mim (e as tentativas de ser assim dão sempre para o torto!).

Agora, voa, "meu" menino-gaivota... (eu voo também.... não contigo, mas perto de ti....)

3 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei comovida!
És espectacular. Beijinho com mito carinho. "Voa bem alto e sê muiiiiiito feliz".
Lita

Tartaruga disse...

:)
beijo grande e abraço apertadinho

Anónimo disse...

Como me identifico com estas sábias palavras :)

Sim, Rita... A nossa felicidade só depende das nossas asas, por isso: Vamos lá voar para bem longe.. para bem alto!

Um beijinho,
SofiaFernandes