
Só para avisar, para quem quiser ouvir, que vou ter saudades.
Eu tenho uma coisa para contar. Tenho pois. E esta coisa tem de ser contada assim, bem devagarinho, em palavras sussurradas para ouvidos bem abertos.
Aconteceu. São 5 e nasceram no meu livro. Bem, não nasceram mesmo lá, porque, embora mágicas, acho que precisam sempre do calor do sol e do fresquinho da água. Mas adiante. Para mim, nasceram lá, sim senhor!
Pablo Neruda. 10 poemas de Amor e uma Canção Desesperada. E, claro está, mais 5 trevos de 4 folhas. Por um não-acaso (porque nada acontece por acaso) tiraste do caixote o livro que, agora nas minhas mãos, me bafeja de ti quando tu não estás presente. Que me fala do crepúsculo e que me lembra que "sorte" a minha em te ter assim, presente em mim e no meu livro, habitante de mim e semeador dos meus trevos.
(vou-te fazer uma surpresa. um dos trevos vai ser teu. afinal, que sorte poderá ser a minha se a não puder partilhar contigo?)
Aconteceu. E eu ainda não entendo. (mania de interpretar coisas... pfff....)
"Para D.
um dia destes escrevo-te uma carta. porque me apetece, porque sim. porque os SMS's só tem 160 caracteres e, a mim, apetece-me escrever sempre mais (sem ter de pagar mais por isso. a escrita é livre. não deveria ser paga)
quero escrever-te uma daquelas cartas cheia de letras miudinhas. muito pequeninas mesmo. com letras que formam palavras, com palavras que formam frases e frases que formam ideias e sonhos. que contem onde eu fui, o que eu fiz, o que eu senti e mesmo aquilo de que não gostei. cartas com letras que falem do dia-a-dia das pessoas. um dia-a-dia tão igual ao teu/nosso que me/nos abraça, porque dele fazemos parte.
a minha carta há-de falar também de nós. porque eu gosto de ti. porque tu gostas de mim. porque nos amamos clandestinamente (e porque isso é bom). não penses que vou usar palavras bonitas (bem, talvez uma ou outra. sabes que tenho palavras mágicas na minha essência). não te vou chamar 'pastelinho de nata' ou 'felpudinho' (não!). aliás, não preciso de te chamar. tu sentes quando te chamo, e isso é maior do que qualquer 'chamamento'.
quero escrever-te uma carta que te abrace em palavras, porque as palavras serão minhas e eu serei as minhas palavras.
já te disse. qualquer dia escrevo-te uma carta. espero que tenhas paciência. vai ser longa."
Vi flamingos na ria de Aveiro... e contigo! assim, sabe sempre melhor... :)
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olhei para o relógio às 11:11, como sempre... descobri que já somos muitos a Ser assim... e o poeta cantou "já que a solidão te pode atordoar e a manhã não vai ficar eternamente à tua espera improvisa um despertar..."
e eu descobri que tinha tomado uma decisão... e respirei fundo, muito fundo mesmo... (estou prestes a deixar o banco...)
Meu querido mês de Agosto
Por ti levo um ano inteiro a sonhar...
Trago sorrisos no rosto
meu querido mês de Agosto
porque sei que vou voltar!!!
(aaaaiiiii!!!! isto é lindo! estou extasiada!)
"(...) You're a carousel, you're a wishing well
And you light me up, when you ring my bell
You're a mystery, you're from outerspace
You're every minute of my everyday (...)"
sou só uma espiral... amorfa e cinzenta como a cinza de um cigarro, mas ainda espiral...
apetece-me desfazer esta espiral e transformá-la num fio infinito...
apetecia-me dormir "apenas" sobre o assunto da espiral... "apenas"...
então, dorme! - dizem... mas antes, antes de tudo o que possa acontecer, desfá-la... dormir "apenas" sobre uma coisa descosida de ti é sempre mais fácil...
(mas ainda assim a espiral continua, como a relatividade relativa da relativização do relativo...)