16 de dezembro de 2008

um dia...



"Para D.

um dia destes escrevo-te uma carta. porque me apetece, porque sim. porque os SMS's só tem 160 caracteres e, a mim, apetece-me escrever sempre mais (sem ter de pagar mais por isso. a escrita é livre. não deveria ser paga)

quero escrever-te uma daquelas cartas cheia de letras miudinhas. muito pequeninas mesmo. com letras que formam palavras, com palavras que formam frases e frases que formam ideias e sonhos. que contem onde eu fui, o que eu fiz, o que eu senti e mesmo aquilo de que não gostei. cartas com letras que falem do dia-a-dia das pessoas. um dia-a-dia tão igual ao teu/nosso que me/nos abraça, porque dele fazemos parte.

a minha carta há-de falar também de nós. porque eu gosto de ti. porque tu gostas de mim. porque nos amamos clandestinamente (e porque isso é bom). não penses que vou usar palavras bonitas (bem, talvez uma ou outra. sabes que tenho palavras mágicas na minha essência). não te vou chamar 'pastelinho de nata' ou 'felpudinho' (não!). aliás, não preciso de te chamar. tu sentes quando te chamo, e isso é maior do que qualquer 'chamamento'.

quero escrever-te uma carta que te abrace em palavras, porque as palavras serão minhas e eu serei as minhas palavras.

já te disse. qualquer dia escrevo-te uma carta. espero que tenhas paciência. vai ser longa."

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