28 de maio de 2008

amor de poças de água imundas...


chovem pingos grossos de tristeza... envio-os em pingos grossos de crueldade...
amamos desesperadamente e magoamos insistentemente logo a seguir...
que caia o amor em pingos grossos e fique estagnado em poças de água, imundas poças de água...
que se calque o amor das poças de água imundas, que voltará a espirrar pingos grossos para o mundo e para as roupas das pessoas...
que se lave o amor que espirrou nas nossas roupas... que se deteriore a roupa que tem impregnados os pingos grossos do amor das poças imundas...
que os pingos grossos de amor caiam novamente... grossos, húmidos e imundos... fétidos, cruéis e vis... humanos e, desesperadamente, deuses...
será um ciclo?

Sem comentários: