6 de maio de 2008

corda bamba


"é ali que ela se encontra, a rapariga. mesmo no meio de uma corda bamba. semdesejos, sem pressas, sem decisões. está, apenas. de braços abertos para não cair nem ter necessidade de dar passos (nem para a frente, nem para tras). a rapariga sente-se razoavelmente bem, quem sabe uma sobrevivente. vive razoavelmente bem naquele sem cantinho de corda, sem passos para a frente ou para trás. nem sequer um salto... e que pequeno que é esse salto! e que bom que seria esse salto! e que bem que saberia uns braços apertados contra si (daqueles que não esmagam nunca.)! mas não. não. não não. (um dia vai substituir o 'não' pelo 'sim'. pode é ser tarde.
e a rapariga ali vai permanecendo... num conforto desconfortável... num acreditar desacreditado... (às vezes quer 'ser' diferente, mas não sabe como... ou não tem forças...)"

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