6 de fevereiro de 2008


nos dias em que colocamos as nossas asas podemos voar até lá acima e regressar sempre que nos apetecer ao chão que (ainda...) gostamos de pisar... essas são as asas-de-todos-os-dias... aquelas que pomos e tiramos a nosso bel-prazer e que podem - meu Deus! - ser imitadas por umas meias enroladas à volta de um pedaço de arame...
essas são as asas-de-todos-os-dias...
umas vezes é assim, usamo-las apenas "porque sim!" (é das expressões que mais detesto... ninguém deve fazer nada "porque sim"... "porque sim" ou "porque não" não são respostas! ponto final!)...
há dias estranhos na nossa vida... dias "destranquilizantes", capazes de abalar o mínimo que tinhamos - já! - conseguido alcançar... dias em que o livro que somos se abre e as folhas são viradas uma a uma... e, nesses dias, as asas que usamos pertencem a uma dimensão que não é a do "aqui e agora"... e, como pertencem a algo Maior do que nós conseguimos imaginar, leva-nos a viagens longinquas, passeios inter-dimensionais... tranquilidade, limpeza... mas um vazio-cheio que é, simplesmente, a presença ausente de tudo...
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1 comentário:

Anónimo disse...

estou a tentar "destranquilizar" a minha vida... estou a tentar libertar as minhas asas e deixar a minha vida voar...